quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Como Sentar na Frente do PC

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Paralisia Braquial Obstétrica e a Fisioterapia

   Antes de falar diretamente sobre a Paralisia Braquial Obstétrica (PBO), irei resumir a anatomia do plexo braquial.
   O membro superior é inervado pelo plexo braquial, constituído pelo entrelaçamento de fibras nervosas provenientes dos ramos ventrais dos nervos espinhais C5, C6, C7, C8 e T1. A fusão das raízes do plexo forma seus troncos superior (união das raízes C5 e C6); médio (continuação da raiz C7); inferior (união das raízes C8 e T1). A partir do tronco são formados os fascículos e os ramos dos fascículos darão origem aos nervos terminais.
  
   Os fatores que levam à lesão do plexo braquial incluem:
·         Durante um parto difícil, a cabeça e o pescoço são forçados lateralmente, enquanto, ao mesmo tempo, o ombro no lado oposto é forçado para baixo ou mantido fixo com a cabeça e o pescoço;
·         Bebê com alto peso ao nascimento;
·         Trabalho de parto prolongado;
·         Distância do ombro (muito grande para o canal de parto);
·         Posição das nádegas e uso do fórceps.
   A paralisia obstétrica se caracteriza pela perda de função dos músculos dos membros superiores devido a uma tensão neuronal por tração ou avulsão (rompimento) das fibras do plexo braquial durante as manobras obstétricas. As lesões do plexo braquial ocorrem em 0,4 a 2,5 em cada 1.000 partos.
  Ela se manifesta através de três formas clínicas distintas, baseado na localização e graviade da lesão neuronal. São elas:
1.       Paralisia Braquial Alta ou Erb-Duchenne: é o tipo mais comum (75%). É a lesão por tração dos troncos superiores (C5-C6) com paralisia resultante do ombro e da parte superior do braço. O recém-nascido não exibe qualquer movimento ativo no braço afetado. Alguma recuperação pode ocorrer durante os primeiros 6 meses.
2.       Paralisia Braquial Total: envolve o plexo braquial inteiro, nenhuma recuperação é esperada. Há perda completa da sensibilidade e paralisia completa de todo o membro superior. O membro fica completamente flácido e insensível.
3.       Paralisia Inferior ou Klumpke: é rara e afeta os troncos inferiores (C8, T1). A paralisia resultante compromete os músculos do antebraço e da mão. Não há um prognóstico favorável.
   A Fisioterapia direta para o bebê deve ser aplicada principalmente quando a criança émuito jovem. Incentivar o retorno das habilidades motoras pode ajuda-lo a ter mais consciência do membro evitando assim lesões. O estímulo sensorial pode ser fornecido externamente, massageando o braço com uma toalha ou tecido macio, ou pode ser na forma de auto-estímulo, massageando o bebê com o próprio braço.
   A criança em geral tem muitos recursos para encontrar soluções para suas dificuldades funcionais e o fisioterapeuta pode ensinar estratégias fazendo com que a criança desenvolva habilidades específicas de vida diária. Os exercícios de amplitude de movimento (ADM) para evitar ou minimizar as contraturas podem ser uma necessidade para toda a vida da criança que podem ser aprendidas e auto-administradas ao longo de seu desenvolvimento.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

O que é LER?

     As Lesões por Esforços Repetitivos (LER), ou DORT – Doenças Osteomusculares Relacionados ao Trabalho são doenças do trabalho provocadas pelo uso inadequado e excessivo do sistema que agrupa ossos, nervos, músculos e tendões. Atingem principalmente os membros superiores: mãos, punhos, braços, antebraços, ombros e coluna cervical. Embora atinjam principalmente os membros superiores do corpo, as LER podem afetar o ser humano como um todo.
   Típicas do trabalho intenso e repetitivo, as LER são causadas por diversos tipos de pressão existentes no trabalho, que afetam as pessoas tanto física quanto psicologicamente.
Principais causas:
·         Organização do trabalho: procedimentos rígidos de trabalho com pouca autonomia do trabalhador no desenvolvimento de tarefas; postura rígida; ritmos acelerados de trabalho, muitas vezes impostos pelas máquinas, exigindo esforços exagerados; pressão do tempo; tensão entre as chefias e subordinados; ambiente inadequado; ausência de pausa entre tarefas; dentre outros.
·         Conteúdo do trabalho: a execução de tarefas monótonas e muito fragmentadas, exigindo gestos repetitivos.
·         Posto de trabalho: desconforto causado pelo uso dos móveis, ferramentas e instrumentos que exijam esforços e favoreçam manutenção prolongada de posturas inadequadas.

Aprenda a Prevenir:
   Condições de trabalho adequadas contribuem para a segurança e a saúde do trabalhador e também para melhorar o trabalho na empresa. Os principais fatores de prevenção, por parte da empresa, são:
·         Organização do trabalho: aumentar o grau de liberdade para a realização do trabalho, reduzindo a fragmentação e a repetição; permitir maior controle do trabalhador sobre seu trabalho; estabelecer pausas, quando e onde cabíveis, durante a jornada de trabalho para relaxar.
·         Conteúdo do trabalho: enriquecer nas tarefas e locais do trabalho o conteúdo, para que a criatividade e a realização profissionais sejam objetivos comuns das empresas e dos trabalhadores.
·         Posto de trabalho: os móveis devem permitir posturas confortáveis, ser adequados às características físicas do trabalhador; ferramentas e instrumentos de trabalho devem ser adequados ao seu operador.

Como identificar a LER:
Fique atento a esses sintomas:
·         Dores;
·         Sensação de formigamento;
·         Dormência;
·         Fadiga muscular;
·    Perda de força muscular em consequência de alterações nos tendões, musculaturas e nervos periféricos;

   Esteja sempre atendo aos comandos do seu corpo. Preste atenção quando ele fala para você mudar de posição, respirar profundamente, relaxar, esticar as pernas, mexer o pescoço, fazer uma pausa. Ouvindo e atendendo às necessidades do seu corpo, voê estará ajudando a prevenir lesões mais sérias.

Lembre-se: Um profissional saudável é capaz de produzir uma maior quantidade com mais qualidade.